Santos Redentoristas
São Clemente: Passos de um pioneiro
São Clemente
Um olhar sobre a vida de São Clemente Hofbauer pode nos ensinar muito sobre um sonho feito realidade, sobre a oração e o serviço, sobre a perseverança na vida cristã, sobre a santidade alcançada vivendo o dia-a-dia. Clemente não foi um fazedor de milagres ou um visionário, mas um grande santo redentorista, que serviu o povo de Deus com simplicidade e com o máximo da sua capacidade.
Clemente Maria Hofbauer nasceu em Tasswitz, na Moravia (República Theca), a 26 de dezembro de 1757. Seus pais, que tinham 10 filhos, eram simples, pobres e de fé profunda. Seu pai faleceu quando Clemente era ainda pequeno. Exerceu sua primeira profissão como padeiro.
Mudou-se para Viena e lá estudou filosofia e teologia. Foi então que conheceu as obras de Dom Afonso Maria de Ligório. Ficou entusiasmado por ele. Partiu novamente para Roma. Recebido na Congregação do Santíssimo Redentor e ordenado sacerdote a 29 de março de 1785, foi enviado às regiões do norte da Europa, para levar a Congregação Redentorista para fora da Itália. Graças a São Clemente os redentoristas estão espalhados por todo o mundo.
São Clemente Maria Hofbauer desempenhou o ministério Sacerdotal com fruto extraordinário. Conseguiu inspirar nos jovens o entusiasmo pela vida religiosa e pela Congregação. Havia nele uma grande solicitude pelos jovens, em especial os estudantes, aos quais dedicou muito empenho e ações.
São Clemente foi missionário no sentido pleno. Conforme a tradição da Congregação Redentorista, preocupava-se seriamente com as missões. Ele foi beatificado no dia 29 de janeiro de 1888 pelo Papa Leão XIII, sendo canonizado como santo da Igreja Católica no dia 20 de maio de 1909. Em 1914, o Papa Pio X concedeu-lhe o título de Apostólico e patrono de Viena.
São João Neumann: Zelo com os mais abandonados
São João Neumann
São João Neumann nasceu em Prachatitz, Boêmia, no dia 28 de março de 1811, filho de Philip Neumann e Agnes Lebis. Freqüentou a escola em Budweis e lá entrou para o seminário no ano 1831. Dois anos depois, passou para a Universidade de Charles Ferdinand, em Praga, onde estudou teologia.
Quando completou sua preparação para o sacerdócio em 1835, desejava ser ordenado, mas o bispo decidiu que não haveria mais ordenações lá. João estava certo de sua vocação para o sacerdócio, mas todas as portas pareciam estar fechadas. João foi um dos 36 padres para mais de 200.000 católicos de sua época. Como missionário, visitava um povoado atrás de outro, escalando até montanhas para visitar as pessoas doentes e celebrar missas.
Sonhava viver em uma comunidade. Foi, então, que ingressou para a Congregação de padres e irmãos que se dedicava em ajudar os pobres e os mais abandonados. Foi o primeiro padre que entrou para a Congregação Redentorista na América; professou seus votos em Baltimore, no dia 16 de janeiro de 1842. Desde o princípio, destacou-se por sua piedade, santidade e por seu zelo e amabilidade. O seu conhecimento de seis idiomas modernos o tornou particularmente apto para o trabalho na sociedade americana, com grande diversidade de línguas no século XIX.
Depois de trabalhar em Baltimore e Pittsburgh, em 1847, foi nomeado Visitador ou Superior Maior dos Redentoristas nos Estados Unidos. Neste cargo, preparou os confrades da fundação americana para se tornarem uma Província autônoma, o que aconteceu em 1850. O Padre Neumann foi nomeado Bispo de Filadélfia e ordenado bispo em Baltimore, no dia 2 de março de 1852. A diocese dele era muito grande e passava por um período de desenvolvimento considerável. Como bispo, foi o primeiro a organizar um sistema diocesano de escolas católicas e para isso, fundou as Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco para lecionar nas escolas.
Entre as mais de oitenta igrejas que construiu durante o seu bispado, deve ser mencionada a catedral de São Pedro e São Paulo, iniciadas por ele. São João Neumann era de estatura pequena; nunca teve uma saúde robusta, mas sua vida foi marcada por inúmeras atividades, conjugadas entre sua piedade e sua fortaleza. Ele, ainda, achou tempo para uma atividade literária considerável, além de suas obrigações pastorais. Escreveu numerosos artigos, publicou dois catecismos e, em 1849, uma história da Bíblia para as escolas.
No dia 5 de janeiro de 1860 (com 48 anos de idade apenas) caiu na rua, em sua cidade episcopal e morreu antes que lhe pudessem administrar os últimos Sacramentos. Foi beatificado pelo Papa Paulo VI, no dia 13 de outubro de 1963, e canonizado pelo mesmo Papa, no dia 17 de junho de 1977.