“Geraldo começara a frequentar a escola, e aprendeu... a ir enganar a fome, longe dos olhos dos seus que, consternados, o viam cada dia mais magro e pálido. Costumava andar para os lados do Castelo dos Senhores de Muro. Descia o vale, subia a encosta onde se erguia uma capelinha dedicada à Virgem: Capodigiano! Ali abandonava-se sobre a relva, presa de um ligeiro cansaço, talvez, pelo jejum forçado.
Certo dia, eis que vê diante de si, sem saber donde teria vindo, um menino afável e gentil que lhe oferece um pão ainda quentinho, e se vai... para donde tinha vindo. Geraldo pensa estar sonhando, mas o pãozinho quente e cheiroso ali está nas suas mãos. Corre para casa.
- Quem te deu?
- Um menino.
E assim por semanas e semanas, Geraldo volta a Capodigiano para se encontrar com o misterioso menino, e trazer para os seus o pãozinho branco e quentinho”.
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